Monday, March 17, 2008

É chato quando toda a gente está em espírito de férias e me vejo condenada (palavra forte, mas neste caso acho que é a mais acertada) a ficar nesta cidade onde chove em dias de sol por causa do estágio. Estágio esse que, felizmente, está a ser bem agradável. Continuo a preferir os dias com menos gente; a concentração é muito maior e parece que não há mais nada à volta. Ainda não acabámos o maldito frontão, pensámos que fosse hoje mas quando cheguei aos pormenores vi que era praticamente impossível. E tenho as minhas dúvidas quanto a amanhã, acho que aquilo pede mais umas oito horas de trabalho ali a escavacar. O que é frustrante, passar três horas de bisturi na mão sempre no mesmo motivo. Ainda tenho que fazer upload das tais fotografias, mas já estou com a net rápida portanto é arranjar vontade - sim, porque isto ir ali ao Photobucket e pôr umas fotos dá uma trabalheira que nem sei.

Cheguei à conclusão que existe "cara de autocarro", que tem uma ligeira, quase imperceptível diferença da "cara de metro". A cara de metro tem um brilho diferente nos olhos, é aquela pessoa que por ela não estava ali mas que também não se importa. A cara de autocarro é completamente infeliz e alheada de tudo; é aquela pessoa que se senta, ergue as sobrancelhas para fazer aquela expressão de "tenham pena de mim" e começa a olhar lá para fora sem saber bem para onde é que está a olhar. Compreende-se. Andar de autocarro no Porto (e acho que em qualquer cidade, pelo menos em Setúbal é) é deveras deprimente. Agora ao fim do dia vim um homem a assoar-se para o chão e a escarrar e a assoar-se para as mãos e a sacudir as mãos para a estrada antes de entrar no 200. Ora isto, no metro, não se faz nem se vê. É toda uma realidade diferente. E estou a divagar, certo? Certo. Vontade de não fazer nada e ficar para aqui a escrever baboseiras.

Vai mas é ao Photobucket. Vou.

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