Thursday, May 31, 2007

no one would riot for less

Well if everything that happens is supposed to be
And it's all pre-determined, can't change your destiny
Guess I'll just keep moving, someday maybe
I'll get to where I'm going.


I'd just like to know where that was. These violent mood swings are wearing me out and getting harder to control.

Stars shooting across the sky... to come to such a place as this.

Sunday, May 27, 2007

Tsuioku Hen

a.k.a as primeiras O.V.A's e, na minha opinião, as únicas merecedoras do título de "oficiais". A Seisouhen parece fanfic mal feita.




<3

Reasons

O Alfa-Pendular enerva-me. Hoje passou a enervar-me mais. Descobri que as casas-de-banho para pessoas com deficiência são mais inacessíveis que as normais, que já por si são quase atentados à nossa vida por causa da pendulação. Que já ia batendo com a testa no vidro umas quantas vezes. Resumindo. Hoje fui à mais próxima, ou seja, à para pessoas com deficiência, e que me acontece? Fecho a porta. E a porta não abre.

Desde ter ficado trancada a ter sido ameaçada por duas ciganas de Aveiro, que falavam uma língua que não conseguia perceber, por ter olhado para elas, não sei o que foi melhor. Ou o ter chegado cá e me ter apercebido que, de facto, no Porto parece não haver Verão. Só aos bocadinhos.

Faltam três semanas para voltar para Setúbal. Duas semanas para ver Smashing Pumpkins. Um mês e algumas semanas para ir a Londres numa rapidinha.

Thursday, May 24, 2007

É uma coisa que aperta e me faz perder o ar.

Wednesday, May 23, 2007





TRABALHO TRABALHO TRABALHO!

Tuesday, May 22, 2007






A Start a War é tão linda. Tão linda. Linda. Tão. Linda.

Sunday, May 20, 2007

Erm... Rufus?



Ora bem. Eu não tenho pretensões a perceber do assunto e geralmente engano-me sempre. As críticas estão a delirar com isto. Mas, por qualquer razão que me transcende, a mim enerva-me. Sim, o Rufus enerva-me.
Deve ser extremamente difícil fazer algo que esteja ao nível do Want One ou do Want Two, quanto mais algo melhor. Acho que este Release The Stars quer demais e atinge "de menos". Primeiro, porque é tudo muito igual ao que foi feito antes (o que, visto de certa maneira, é uma coisa boa, porque não baixou de nível), mas também de ser tão igual se torna monótono. A voz dele parece que não encaixa na música em si, ou vice-versa. Não sei. Há aqui qualquer coisa que, a nível de som propriamente dito, não bate certo. O que é pena, porque em termos de letras, está giro.

I may never see you again or might as well. You took advantage of a world that loved you well. I'm going to a town that's already been burnt down. I'm so tired of you, America. Making my own way home, ain't gonna be alone. I got a life to lead. America. I got a life to lead. I got a soul to feed. I got a dream to heed. And that's all I need.

I'm not ready for love, I'm not ready for peace. I'm giving up the dove to the beast. I'm not ready to surrender to another gloved murderer. I'm not ready to love. I'm not ready to fly. I'm giving up belief in the sky.

Mas falta qualquer coisa. Ia dizer que podia estar ao nível do Poses, mas ao mesmo tempo está a milhas de distância. Não sei. Pode ser daqueles álbuns que crescem à medida que se vão ouvindo. Mas geralmente com o Rufus nunca era preciso dar aquela margem de tempo. De qualquer maneira, espero que passe por cá.

Tuesday, May 15, 2007

now there's never gonna be an intermission

Há um filme chamado Intermission que conta a história de várias personagens que até um certo dia, tinham vivido as suas vidas de maneira tal. Ora chega a uma altura em que algo acontece e eles deixam de viver as vidas daquela tal maneira. E as vidas deles ou ficam sem sentido ou mudam completamente e eles dão por si a fazer coisas que nunca pensaram a fazer. O que é que acontece?

Passado um tempo tudo volta a ser como dantes, tudo volta ao ponto de partida. O que aconteceu foi só um pequeno intervalo. Porque volta sempre tudo ao mesmo.


Sunday, May 13, 2007

Não era esta, a que queria não posso.

"Okay, I'm just gonna let everyone deal with all this because I need to relax and get a cup of coffee and maybe hammer a nail into my head."

- Lorelai Gilmore

Em Criaturas do Ar, Fernando Savater continua o que já tinha iniciado em A Infância Recuperada, que ainda me falta ler. Através de trinta monólogos (o trigésimo-primeiro sendo o seu) coloca personagens do mundo literário a falar na primeira pessoa, contando-nos as suas experiências, desejos, ideias. Achei a ideia giríssima, porque permite analisar estes personagens de um ângulo algo diferente daquele que o autor original lhes deu. Há sempre uma ideia nova, algo em que nunca pensamos, metáforas para a nossa própria vida. Para além de ter gostado da ideia, também o comprei porque três dos personagens são dos que mais me dizem: Drácula, Mr. Hyde (Dr. Jekyll) e Peter Pan. Fiquei satisfeita com a abordagem feita a Mr. Hyde. Toca na constante luta de Jekyll em o suprimir, acabando com um "Maldito Jekyll, porque me tiras o que mais desejas?", referindo-se à vida livre e amoral que essa outra personalidade lhe permitia levar. Adorei o Drácula, pela diferente perspectiva entre vida e morte, luz e sombra. O só se poder viver a vida na sua plenitude estando bem morto. Lembrou-me algo que li que dizia que as pessoas só se sentem verdadeiramente ligadas à vida instantes antes de a deixarem. Que é naquele minuto crucial, entre um mundo e outro, que desejam ter passado o tempo a matar o tempo, a queixar-se, a complicar e a desejar desaparecer. Acredito nisso com uma força incrível. O que me faz tentar viver pelas regras do aproveitar o dia, ou, como diz Phileas Fogg no Monólogo Undécimo, caso o dia seja feito de rotina, saber apreciar as pequenas diferenças que a própria rotina nos trás - que é essa a maravilha de uma vida rotineira. Só que por vezes se torna complicado. O observar as diferenças, observo; sempre fui extremamente observadora e raramente me escapa alguma coisa - aliás, até me apercebo de coisas que não quero. Agora gostar delas, apreciá-las e fazer delas o meu dia... mas isso é outro caso.
A grande surpresa foi Tarzan, personagem que nunca apelou muito ao meu sentimento e história que sempre me passou ao lado. Fala do pânico, das diferenças entre o pânico que ele sente e o pânico que os animais sentem. E quais são elas?

"... careço do que torna suportável aos outros animais a proximidade do pânico: não posso esquecer e em contrapartida posso imaginar."

Isto encheu-me as medidas. Porque a imaginação e a memória são, simultaneamente, o que temos de melhor e o que temos de pior, o que nos impede de seguir em frente e o que nos tira o chão debaixo dos pés quando menos queremos, paralisando-os num estado de nostalgia que nos consome durante horas que passam mais lentamente que o costume. E tornam o nosso pânico, o "pânico humano", chamemos-lhe assim, muito pior que o pânico que um animal irracional sente. Um animal não consegue imaginar uma situação que o paralise; nem tem memória para se lembrar de agruras anteriormente sofridas. Vai vivendo.
Também gostei de Desdémona, da sua ilusão ao pensar que, quando Otelo se aproxima do seu leito dizendo as fatais palavras "É esta a causa..." é em jeito de reconciliação, e a felicidade que sente naquele momento em que pensa que vai voltar a ter a atenção de seu marido.
Fiquei desiludida com Peter Pan. Acho que podia ter falado mais no ser-se criança para sempre, o não se querer crescer e ir um bocadinho mais por aí.
No geral, é uma ideia giríssima, para ser lido monólogo a monólogo - porque tudo de seguida provavelmente é capaz de cansar.

Ao mesmo tempo, tenho andado com isto dentro da mala de um lado para o outro.





É o típico caso de um filme estupidamente mal feito, e Alan Moore, compreendo finalmente a tua raiva. Não tem mesmo nada a ver, com nenhum dos volumes, por sinal. E o Tom Sawyer e o Dorian Gray? Porquê inventar? O primeiro volume está giríssimo, adorei a maneira como se recriou aquele inglês pomposo da época Vitoriana. Adorei o facto de a Mina aqui ser Mina Murray e não Mina Harker - porque sim, continuo a abominar o Jonathan. Vou agora para o próximo, que tem imenso a ver com o War of the Worlds. Mas assim imenso. E mesmo a maneira como está feito, faz lembrar folhetins de jornais da época, ou aqueles cartazes que se punham à porta dos teatros e circos londrinos a anunciar os espectáculos, com coisas mirabolantes e afins.

"A morte é o único interesse da vida, o único condimento que tempera a sua inspidez. Mas normalmente é-nos proporcionada com uma generosidade excessiva: os homens vivem tão obcecados pela riqueza pavorosa da morte que mal têm tempo para se fixarem na vida, do mesmo modo que o excesso de luz diurna os cega para tudo o que não sejam sombras e manchas. Passam o seu tempo - matam-no, se quisermos ser exactos - tentando afastar de si a morte, prevenindo-a, combatendo-a ou infligindo-a aos restantes, vendo morrer os seus, lamentando-os, invejando-os, calculando o tempo que lhes falta para ficarem por completo sem tempo. Não é estranho que só imaginem uma vida verdadeira depois da morte, quer gozada a título pessoal num além, quer desfrutada por bem-aventuradas gerações futuras. Mas como o céu é inacreditável e o futuro incerto, a vida adiada não alcança verosimilhança. E, todavia, estão certos pelo menos numa coisa: que para viver é necessário estar-se convenientemente morto...".
Drácula, Monólogo Quinto - Criaturas do Ar, Fernando Savater

Saturday, May 12, 2007

I'm gonna give you only one reply: I know not who I am
But I talk in the mirror to the stranger that appears,
Our conversations are circles, always one-sided
Nothing is clear.
Except we keep coming back to this meaning that I lack
Says the choices were given, now you must live them
... or just not live.



But do you want that?

Thursday, May 10, 2007

If you're feeling sinister

Tenho andado a querer ouvir coisas que não conheço - não necessariamente novas - e para isso dediquei-me a um download intenso de coisas que vão de Pulp a Spiritualized. Não que não conheça Pulp. Mas acho que só conhecer uma música não contribui muito para a ideia geral. Faltam-me chegar esses (Different Class e Ladies and Gentlemen, We're Floating in Space), mas entretanto, e finalmente, arranjei isto:



Só conhecia a Get Me Away From Here, I'm Dying e a The Boy Done Wrong Again, que durante uns belos dois anos da minha vida associei sempre a algo que não devia. Continuando, resumindo, e concluindo, estou rendidíssima; passei uns óptimos 90 minutos a desenhar e a ouvir, e adorei. Não me aborreci uma única vez nem pensei "deixa ver como é a próxima". Simplesmente, foi correndo, e fui-me deliciando a cada minuto que passava.

Ainda no tópico, afinal sempre vou ver Smashing Pumpkins (sim, Patrícia, Linda, Diana e todos).

Wednesday, May 9, 2007

violent mood swings

One minute you own the world. One minute later the world owns you.

Tuesday, May 8, 2007

Não vou escrever nada para:

1. Não parecer estúpida;
2. Há muito boa gente que cá vem que ainda vai ver o filme.

Mas fez-me o dia e ainda estou em estado de estupor.


Monday, May 7, 2007

Come on with the rain, I've a smile on my face

Hoje estivemos a ver isto:



Lembro-me de quando era pequenina estar a ver algumas partes no extinto TNT e de achar graça, até ter crescido e começar a achar o Gene Kelly desengraçado, sem pingo de elegância nenhuma e, bem, com cara de parvo. Depois vi o A Clockwork Orange, e passei sempre a associar a música que dá título ao filme a cenas de espancamento, em que as partes mais jazzy davam lugar a pontapés no estômago. E hoje, na primeira espécie de História do Cinema (que não é, é mesmo isso, uma espécie), foi o que vimos. Cheguei à conclusão que não é apenas mais um musical da golden age em que o Gene Kelly era herói, mas que tinha o seu não-sei-quê de valor histórico, por se passar na fase em que o cinema passou de mudo a falado e nalguns dos problemas que veio a trazer. Como se dar o caso de os antigos actores do cinema mudo não saberem representar, ou o caso de as vozes e a dicção ser simplesmente terrível. Foi giro por isso. E a cena da Singin' In The Rain propriamente dita já se tornou um clássico incontornável há muito. Continuo a preferir outro tipo de musical, mas que estes dão vontade de dançar e abanar o pézinho, dão.

Sunday, May 6, 2007

Quando for grande quero vestir um vestido vermelho com muita roda e que alguém me leve a dançar a Fly Me To The Moon em frente a uma big-band a sério.

Friday, May 4, 2007

try to write it down into a perfect sonnet, one foolish line

Afinal parece que vou ver Smashing Pumpkins. Parece.

Thursday, May 3, 2007

E no entanto ele move-se

O regresso. Going To a Town, do álbum Release The Stars que está quase, quase, quase, quase.


Wednesday, May 2, 2007

We'll journey to Mars and visit the stars...

Ora bem. Tinha este filme cá em casa há coisa de nove meses e só ontem - dia chato, sem nada para fazer - me resolvi a encostar no almofadão, estender as pernas na cadeira, pôr uma manta por cima só para ficar confortável e vê-lo. Foi uma surpresa enorme e adorei. Não estava mesmo nada à espera, visto não ter gostado nada da Princesa Mononoke. Sim, tenho o hábito de catalogar um realizador por uma coisa que fez e não lhe volto a dar hipótese. Este foi mesmo à falta de melhor, que é como quem diz, ou era este ou o Ghost In The Shell, mas disseram-me que este valia mais a pena. Gostei de tudo. Desde a animação em si, que tinha coisas espectaculares, até à própria história, e obviamente do Calcifer e do Markl que eram as coisas mais estupidamente cute.





Depois fui (finalmente! - *muahaha*) ver isto. Depois de uma espera demasiado prolongada de tormenta e sofrimento... pronto, chega. Também gostei imenso. Ia com um background de críticas optimo, com os outros filmes do Danny Boyle e, claro, se o resto não contasse, com a ideia de ver mais um filme com o Cillian Murphy. A princípio estava a ficar um bocado desapontada, confesso que me perdi no meio de tanta conversa de física e ciência e tudo - por exemplo, não percebi porque é que o Capa tomou a decisão que tomou, nem como a outra alternativa era boa, nem porque de repente começaram todos a culpá-lo. Quer dizer, percebi. Só não percebi a parte de o culparem, se ele apresentou os dados todos e se chegou à conclusão que continuar apenas com uma bomba era melhor. Não foi ele que decidiu mudar o curso da nave, pois não? Não foi ele que decidiu ir à Icarus I, ou foi? Continuando. A partir do momento em que as coisas começam a correr mal, o filme torna-se fantástico, tão fantástico que é capaz de nos transmitir sensações semelhantes às que eles estão a sentir. Tanto pelas imagens, como pela música, como pela maneira que está filmado. O pânico, o medo, a claustrofobia, o silêncio do espaço e a iminência daquele clarão de luz fortíssimo. E a banda-sonora está óptima.

Acontece que depois de ver um filme com o Cillian Murphy deram-me ganas de rever outro com o qual não estive nada obcecada. Ta-dah.



Foi bom terem passado alguns meses desde a última vez, senão tinha adormecido. Mas não, foi como vê-lo pela segunda ou terceira vez, só. E continuo a adorar, e já escrevi tanto sobre ele que nem vale a pena repetir-me.

"Well fuck-me-pink-with-a-hairy-arse!"

distorted eyes when everything is clearly dying

Tuesday, May 1, 2007

Por baixo do tapete do quarto dos meus pais há um alçapão, por onde quem entra nunca mais volta a sair. E eu entrei. Não há luz nenhuma, e desce-se por uns degraus íngremes, húmidos, que rangem ao mínimo peso. Chega-se ao fundo da escada ao que parece ser uma casa-de-banho pública, com vários compartimentos de cada lado e um corredor estreito a meio. O cheiro a porcaria e a vomitado é nauseabundo. As portas estão cheias de uma mistura de ferrugem com algas e uma substância gordurosa. Ouvem-se gritos e o som de unhas a raspar no metal, pessoas desesperadas por quererem sair. Ouve-se gente a vomitar. Uma das portas está entreaberta e eu espreito. O cubículo contém apenas uma sanita sujíssima. Ao canto está uma pessoa, de olhar tresloucado, aninhada em posição fetal. A pele com aspecto pastoso, a roupa rasgada com restos de vomitado. O chão imundo, com bichos a correr de um lado para o outro. Não consigo olhar mais, continuo em frente. Começo a querer sair dali, julgo ainda ter tempo porque ninguém me viu, mas sei que já não há retorno possível. Vejo um grupo de presos a subir as escadas com cestos de roupa na mão e sigo-os. Eles vêem-me, mas não se manifestam. Há uma porta ao lado por onde eles entram, que dá para um quarto mobilado, com sofás, com tudo. Começam a falar baixo, e eu percebo que aquela altura é a única que têm para falar uns com os outros, mas que tremem de medo de serem apanhados. Percebo que estão ali por terem sido curiosos em saber o que estava por baixo do alçapão, e que as pessoas por trás lhes estão a fazer experiências, cujo primeiro passo é injectar-lhes um líquido no sangue que os faz vomitar a essência da sua vida anterior. Alguns deles já não sabem quem são, são meras cascas à espera de serem preenchidas com algo novo. Quero sair, mas não consigo e não posso. Até que ouço uma voz vinda lá de cima, do quarto dos meus pais, que diz "Vamos mudar de tapete."

E depois acordo.