Monday, April 14, 2008

é aqui

está tudo iluminado de novo, embora ainda faltem umas coisas

mudanças

Estou em processo de mudança. O Blogger anda parvo - corta-me parágrafos inteiros, não faz parágrafos automaticamente, demora imenso tempo (dias) a mostrar os últimos posts e comentários. Uma pessoa chateia-se. Portanto, quando me entender com o sítio novo, aviso. Até lá:


há alguma coisa no ar

Esta tarde, no espaço de quarenta minutos, vi dois casais a discutir (quando digo a discutir, quero dizer aos berros) na rua. É uma coisa rara de se ver. Alguma coisa se anda a passar.

Sunday, April 13, 2008

update

Follow The Yellow Brick Road

Lewis Carroll: controvérsias?

Desde tenra idade que Charles Dodgson, mais conhecido por Lewis Carroll, autor de Alice in Wonderland, Through The Looking-Glass entre outras (menos famosas) histórias para crianças, revelou uma enorme aptidão para criar diversões para os irmãos; inventar histórias, jogos, o que fosse. Esta veia imaginativa, que lhe permitia criar um mundo para além do nosso, sempre esteve presente ao longo da sua vida, e tornava-o bastante popular entre crianças, pela facilidade que tinha em entretê-las e compreendê-las. Pode-se dizer que era um eterno apaixonado pela pureza da infância, pelo carácter onírico em que as crianças vivem e brincam; ou como faz referência em Alice in Wonderland, por esse jardim de mil esplendores por explorar. Embora relativamente conservador, também era apreciador de arte, especialmente do movimento pré-Rafaelita da sua época (opôs-se ao movimento Arts and Crafts, à ideia de 'arte pela arte', porque considerava que tirava às obras o factor de deslumbramento - o que não concordo, mas não quero dar cunho pessoal aqui) e a sua grande paixão foi a fotografia. De facto, era considerado um dos grandes retratistas da época. Alguns retratos de grandes personalidades vitorianas são da sua autoria (como, por exemplo, de pintores pré-Rafaelitas, por exemplo, Dante Rossetti). Mas o seu modelo e companhia predilectos têm feito levantar bastantes questões: preferia a companhia de crianças do sexo feminino, e um dos temas que mais gostava de fotografar era o nu infantil - ou rapariguinhas em fotografias de gosto questionável. Uma das suas fotografias de crianças mais conhecidas é a seguinte:






A rapariga é Alice Liddell, filha do então dean de Oxford que, com as suas irmãs, era frequentemente vista na companhia de Dodgson. E sim, foi Liddell que deu nome à Alice das aventuras.

A questão que ponho é a seguinte: hoje em dia, um homem de idade madura que tenha no se



Tipo.

Toda esta controvérsia à volta de Carroll fez-me ter algum interesse em tentar ultrapassar a sensação de pesadelo e ler o Alice in Wonderland. Nunca gostei do filme, sempre me meteu imenso medo e repulsa (especialmente o gato de Cheshire), mas pode ser que agora consiga, a muito custo, ver para além disso. Pedófilo ou não, conseguiu pôr gerações de crianças a sonhar (ou, no meu caso, a ter pesadelos e a criar superstições parvas com determinadas fases da lua).

A quem possa interessar:





Está muito giro. Biografia sucinta e ilustrada com imagens da época, para o leitor ver do que a autora está a falar. O que ajuda.



Das coisas mais úteis que comprei.

Espero muito que isto tenha feito parágrafos.

ó senhor carlos bucóvsqui



Sexo e álcool. Mais nada? Sugiro a alguém que visite aqui o sítio e que já tenha lido este livro que comente e me diga e argumente se há alguma mensagem subliminar aqui metida que me tenha passado ao lado. Tudo bem, é interessante ver a quantidade de carácteres femininos que lhe passam pelas mãos, todos diferentes uns dos outros, embora a parte central do livro nem passe por aí, foi apenas algo em que reparei. Sim, dá vontade de bater a algumas e algumas partes são bastante engraçadas devido ao ridículo da personagem, como, por exemplo, aquela Cecelia alucinada que gostava de ver pessoas a nadar na piscina. E sim, também explora o amor e a dor vistos por um velho depravado e alcoólico. Mas, e depois? A grande lição é aquele finalzinho?

monumentos em perigo

"Nem a guerra, nem os saqueadores nem os desastres naturais os conseguiram destruir. Agora, porém, alguns monumentos europeus enfrentam uma ameaça ainda mais difícil de combater: as alterações climáticas. Segundo Peter Brimblecombe, um químico atmosférico que trabalhou num estudo ambiental financiado pela União Europeia, chamado 'Arca de Noé', o próximo século poderá ser problemático para as jóias culturais do continente. Além das possíveis catástrofes naturais, outros factores podem acelerar o desgaste, a corrosão e a erosão da superfície. Um motivo de preocupação é o sal, que cristaliza e se acumula quando há menos humidade. Isto poderia ser fatal para as maravilhas do Gótico, como a Catedral de Milão. Outro perigo é a mudança de temperatura, que pode deteriorar os monumentos de mármore do Mediterrâneo. E um aumento da humidade no Norte pode originar grandes prejuízos sob a forma de micróbios devoradores de pedra, corrosão, fungos e líquenes."

Jeremy Berlin, National Geographic - Portugal, edição de Abril '08

Faz falta o Al Gore com a sua capa.