"Cake or death?"
Monday, December 31, 2007
dress to kill
Sunday, December 30, 2007
propaganda
Slideshow
Do I love you because you treat me so indifferently?
Or is it the medication?
Or is it me?
Do I love you because you don't want me to rub your back?
Or is it the medication?
Or is it you?
Or is it true?
And I better be prominently featured in your next slideshow
Because I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do
Do I love you, or is this feeling just a little pain?
A treasure chest is broken easily open
And usually I am such a happy prince
Behind the iron curtain, the city walls a solid prison
And I better be prominently featured in your next slideshow
'Cause I paid a lot of money to get you over here, you know?
And if I am not prominently featured in your next slideshow
I don't know what I'm gonna do!
Do I love you?
Do I love you?
Yes I do
Do I love you?
Yes I do
Saturday, December 29, 2007
thanks for all the fish!
Este é daqueles filmes que se têm que ver mais de uma vez para reparar em certos detalhes. O mérito é todo do livro do Douglas Adams (que ainda hei-de ler), mas está genial. O robô maníaco-depressivo, a faca-sabre-de-luz que corta pão e torra-o ao mesmo tempo e as mudanças de forma da nave quando se prime o botão da imprevisibilidade. E aquele espremedor de limões para ajudar o [inserir nome que não me lembro] a pensar! Depois a música é do Joby Talbot, responsável pelos arranjos de grande parte dos trabalhos de The Divine Comedy - portanto, é boa. E o Neil Hannon canta o tema principal. Não é preciso dizer mais nada.
Por mais que goste daqueles 20 minutinhos diários de Friends na 2:, a coisa chegou a um ponto em que não me apetece esperar para ver um episódio por dia. Especialmente agora que o Chandler e a Monica já se resolveram a praticar coisas bonitas às escondidas dos outros. Portanto, os dez primeiros episódios já cá cantam:

A carinha de parvo do Ross.
Friday, December 28, 2007
granny smith *censored* avocado *censored* mango *censored* shove a pineapple in his ass, yê
Sorry about the phone call and waking you.
[O vídeo já vai]
his dark materials
Philip Pullman 1 - 0 J.K. Rowling?
Ora bem... desde os (acho que) 13 anos que sou fã da Rowling e nunca pensei vir a ler uma coisa do género que ultrapassasse aquele universo fantástico (é favor não mencionar Tolkien porque não, não simpatizo). Mas a verdade é que a trilogia His Dark Materials deixa a dúvida no ar. Se não ultrapassa, está ao mesmo nível. Enquanto que nos livros da JKR sobressaíam coisas que nos faziam lembrar a perseguição aos judeus e assim (ou então sou só eu, mas quando o Voldemort volta e começa a perseguir Muggles e Squibs e tudo... parece), este questiona a Igreja e tudo o que ela defende. De uma maneira fantástica, mesmo. E a ideia de que há mundos paralelos uns aos outros estranha-se a princípio, mas depois uma pessoa dá por si a olhar em volta e a pensar como seria, cortar uma janela mesmo ao nosso lado e descobrir um mundo completamente diferente do nosso. É muito giro, mais maduro (mesmo os protagonistas sendo crianças) e tem aquela personagem fantástica que é a Mrs. Coulter que deixa sempre uma confusão de sentimentos no ar e que se torna impossível de odiar, por mais cruel que seja. E a Lyra é tao fitse.
O Patrick Watson vem cá
Ouvir o original ainda dá mais mérito ao Rufinhos por ter conseguido fazer o que fez e, sobretudo, como fez. A Judy Garland é simplesmente fenomenal. Costumava pensar que a Ella Fitzgerald é que era, mas depois de ouvir isto... a Judy canta com uma paixão, uma emoção que arrepia. E para quem conhece a história dela, há músicas que ganham outro significado e parece incrível como ela não se desmancha a chorar a cantá-las. Amen.
Thursday, December 20, 2007
dazed and confused
Tuesday, December 18, 2007
e o dos livrinhos
Fora tudo isto, o Natal é provavelmente a altura do ano em que ando mais ingénua. Fico demasiado sentimental, parece que gosto de toda a gente e que quero dar coisas a toda a gente e a todas as associações de caridade que vêm falar comigo na rua com aquelas latinhas de metal ao pescoço. É a altura do ano em que mais choro a ver filmes, especialmente comédias românticas género Love Actually (muito choro na parte dos cartazes) e The Holiday (porque é que tudo tem que acabar bem para a personagem da Kate Winslet que até certo ponto é, tipo, eu?). Há a overdose de chocolates e aquele desejo por neve, neve, neve. E o mais perigoso de tudo, é a altura em que tudo o que sinto pelas pessoas que me rodeiam está mais exacerbado, o que tem como consequência uma vontade imensa de ser lamechas e de lhes dizer como é que as coisas realmente são. Portanto, deixa chegar Janeiro e depois logo se vê se isto é a sério ou como é.
Também há o oposto. Chegar à conclusão de como odeio outras pessoas. Nestas últimas três noites tenho batido em montes de gente, mas segue sempre um padrão. Há sempre de aparecer o R., a pessoa de tal, a pessoa que fez com que desde Março até Dezembro este ano fosse uma berda, e que eu a modos que agora acho que odeio raivosamente, e eu hei sempre de lhe dar um enxerto. E até que acordo satisfeita. Depois vêm as pessoas do 8º ano. Anteontem arranquei o nariz duma à dentada e quando perguntei pela outra e me disseram "Morreu num acidente de carro" tive um ataque de riso que me fez acordar. É a minha parte retorcida, vá.
Vou começar a pintar uma tela. Olecas. A primeirinha. Vamos ver como corre... Estou com uma fixação pelos padrões do William Morris.
o da musiquinha
Acho que isto é capa de single, mas não tenho a certeza. O primeiro CD desta senhora é muito... querido? É um adjectivo estúpido para classificar um álbum, mas a voz dela é muito dócil, as músicas são muito suavezinhas com lampejos de melancolia aqui e ali mas nada de auto-destrutivo, e o conjunto é uma coisa que aquece e conforta. É querido, pronto. Fiquei com curiosidade de ouvir o trabalho dela depois de a ver cantar uma versão arrepiante da Stormy Weather, no DVD novo do Rufinhos. Recomendo. Vai um pouco na mesma linha que a Maria Taylor no Lynn Teeter Flower, mas acho que prefiro esta. A coroa de glória da Maria Taylor é o 11:11. E ter-me tirado o homem da minha vida. Não deixa de ser interessante o facto da Bloody Motherfucking Asshole ser dirigida ao pai (Loudon Wainwright III). Já o Rufinhos com a Dinner At Eight se revoltou um bocado.
Bowie's in space. Gravado dia 3 de Julho de 1973, David Bowie em plena fase Ziggy Stardust. Não é preciso dizer mais. Quer dizer, é: a primeira cena do DVD, quando ele ainda está nos bastidores a tratar da maquilhagem e do cabelo... é muito, muito parecida com aquela primeira cena do Brian Slade, quando a Mandy lhe está a pintar o cabelo de azul e ele lhe grita para desligar a televisão.
Comprei a Q. Nesta altura do ano gosto sempre de comprar uma revistinha sim-senhor por causa das reviews dos álbuns que marcaram o ano, e esta tinha o acrescento duma entrevista exclusiva com o Jimmy Page e com o John Paul Jones. Acho que pôr o Neon Bible no topo da lista dos melhores álbuns do ano é ligeiramente exagerado. Não vou começar com comparações relativamente ao Funeral. O Neon Bible, por si só, é um álbum muito bom, que comunica comigo a imensos níveis e volto a repetir que o concerto deles no SBSR este ano foi das melhores experiências com bandas ao vivo que tive. Foi vibrar até à ponta dos cabelos. Mas penso que este ano se conseguiram feitos melhores que o Neon Bible. O Boxer the The National, o Wincing The Night Away de The Shins (embora também não o colocasse em primeiro). Mas escolhas são escolhas. Graças a isto, vou sacar coisinhas novas que não conheço para experimentar. E também coisas não tão desconhecidas como a dona Amy Winehouse (don't ask, mas falam tão bem que coiso) e o tal deste ano de LCD Soundsystem que não, ainda não ouvi.
Fica o vídeo da Keep The Car Running com o senhor Born in the uésséa:
o dos filmes e das coisas
Lindo. As últimas cenas são de cortar a respiração e o Sam Riley é assustadoramente parecido com o Ian Curtis. Não sabia que ele tinha passado pela fase glam-rock... foi giro ouvir a 2HB assim. Agora quero a banda-sonora.
E agora o blockbuster:

Gostava de saber, assim curiosidade feminina, o que é que lhes custava acabar o filme onde o livro acaba. Porquê antes? Hmm? É que assim falta uma parte crucial do livro. Só isso. De resto, é o típico filme de fantasia de Natal. Nada de mais.
Mais:
- a Bowie Song de Flight of the Conchords tem muito mais piada ao vivo do que na série.
- vi a melhor sequência de episódios do Arrested Development de sempre. "Where is Hermano?" "Mi hermano?".
Wednesday, December 12, 2007
our velossati

Cuecas da Prada XL (não estou a inventar) vestidas por cima de collants pretos, com botas e uma camisola preta que não se vê aqui.
Por isso, minha gente, é tirar das gavetas aquele par de cuecas de cintura subida que toda a gente tem escondida nas gavetas para vestir no laundry day, vesti-las por cima de collants, usar umas botas assim séquessis e está garantido um look original e contemporâneo.
Wtf.
Tuesday, December 11, 2007
Andrei Andrei Andrei Andrei
Monday, December 10, 2007
E já que se está no tópico das futilidades, fica aqui a lista que a Empire fez (num momento em que não deviam ter mais nada que fazer) das 100 Sexiest Movie Stars: http://www.empireonline.com/100sexiest/default.asp?star=3. Não concordo lá muito com o Daniel Craig em 3º. O senhor é jeitosinho, mas há melhor. Começando pelo Hugh Jackman que é aquele espasmo aqui no peito.
yeah, a tunnel from my window to yours
Sunday, December 9, 2007
and the dreams that you dare to dream really do come true
Este DVD (que não é esta a capa, mas não interessa) é fabuloso. E todos os sinónimos de fabuloso, lindo e magnífico. Uma Over the Rainbow de ir às lágrimas. E aquela voz, aquela presença, a orquestra, tudo. Grande Rufus. Grande Judy.
*na na na nananana hey jude*

E quero só dizer isto para as pessoas que dizem que os musicais não têm guião: as músicas são o guião. Contam a história, fazem-na evoluir. É assim uma coisa um bocado óbvia.
the golden compass
Costumo ter uma relação de ódio-amor-ódio com o género Fantástico. Digamos que o género Fantástico em seu estado puro, como Tolkien ou Lord Dunsany, não me consegue causar a mínima impressão. Pelo menos lidos. Não digo o mesmo de C. S. Lewis porque acho que se lesse as Chronicles of Narnia era capaz de gostar. Mas agora todas aquelas criaturas com nomes estranhos e linguagens próprias e coisas, não sei. Tentei ler o primeiro volume do Senhor dos Anéis e devo-me ter ficado pelo segundo, terceiro capítulo (também a tradução era mázinha). Mas como teimosia é um dos meus muitos middle names, continuo a tentar, e foi ao ler um artigo na Empire que senti curiosidade em ler Philip Pullman. O artigo era sobre o filme, The Golden Compass, mas explorava muito as teorias anti-religiosas de toda a obra, a inspiração no Paradise Lost de Milton e tudo o mais. Também lhe peguei porque gosto sempre de saber do que se anda a falar, e como o The Golden Compass anda aí, e como prefiro ler antes e ver depois, comprei.
Gostei bastante. Lê-se muitíssimo bem (não se precisa de der um notepad ao lado para apontar a quantidade infernal de criaturas com nomes estapafúrdios), mas prende só de tempos a tempos. Há fases em que só a muito custo é que se consegue ultrapassar - ou então foram influências externas. A heroína, Lyra Belacqua, é amorosíssima e bastante peculiar, por não ter absoluta noção do que está a fazer. É o que os outros personagens dizem, ela precisa de cumprir o seu destino importante sem saber que o está a cumprir, porque se sabe, a missão torna-se impossível. Gosto da ideia dos daemons como extensão da alma do ser humano; funcionam um pouco como um subconsciente ambulante, e como a ideia de uma separação é intolerável.
Não é nada do outro mundo. É giro, entretém e tem ideias interessantes. Já tenho o segundo para ler (parabéns à Editorial Presença pelas capas muitíssimo originais *ironia*), mas antes está a Zadie Smith, a Nicole Krauss, a Virginia, a biografia do Shakespeare e não sei quê não sei que mais. Ah, e se amanhã já tiver dinheiro na conta vou ver o filme, para depois vir aqui dizer mal e "ninguém me mandou ver o filme um dia depois de ter lido o livro". É a bidinha.
Thursday, December 6, 2007
1. LCD Soundsystem - Sound of Silver
2. Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare (assim gostar muito só da Fluorescent Adolescent, Brianstorm e Only Ones Who Know)
3. PJ Harvey - White Chalk (tem sido daqueles que vão entrando devagarinho)
4. Robert Plant and Alison Krauss - Raising Sand
5. Wilco - Sky Blue Sky
6. Robert Wyatt - Comicopera
7. The Hold Steady - Boys and Girls in America
8. White Stripes - Icky Thump
9. Radiohead - In Rainbows
10. Klaxons - Myths of the Near Future (I'll always be there oh-oh my future love)
11. Björk - Volta
12. Battles - Mirrored
13. Neil Young - Chrome Dreams II
14. M.I.A. - Kala
15. Panda Bear - Person Pitch
16. Grinderman - Grinderman
17. Super Furry Animals - Hey Venus! (diz que tocaram com o Conor em Bonnaroo, não sei em que ano)
18. Voice of the Seven Woods - Voice of the Seven Woods
19. Feist - The Reminder
20. Bruce Springsteen - Magic (é prenda de Natal para alguém e confesso que gosto do singale)
21. Arcade Fire - Neon Bible (um dos concertos da minha vida)
22. Babyshambles - Shotters Nation (... o Pete Doherty fez alguma coisa de jeito?)
23. Rilo Kiley - Under the Brightlight
24. Les Savy Fav - Let's Stay Friends
25. Kings of Leon - Because of the Times (I'm on call, to be theeeeree...)
26. Manu Chao - La Radiolina (nheca)
27. Steve Earle - Washington Square Serenade
28. Rufus Wainwright - Release the Stars (pessoalmente, uma grande surpresa porque a início abominei o álbum)
29. The Besnard Lakes - The Besnard Lakes are the Dark Horse
30. The Good, The Bad & The Queen - The Good, The Bad & The Queen (Damon, adoro-te, venero-te, mas não gostei nada)
31. Devendra Banhart - Smokey Rolls Down Thunder Canyon
32. Queens of the Stone Age - Era Vulgaris
33. Tinariwen - Aman Iman: Water Is Life
34. The National - Boxer (só em 34º?)
35. Bill Callahan - Woke on a Whaleheart
36. Bright Eyes - Cassadaga
37. Beirut - The Flying Club Cup (está depois de Bright Eyes)
38. The Cribs - Men's Needs, Women's Needs, Whatever
39. Interpol - Our Love to Admire (está depois de Bright Eyes)
41. Justice - †
42. Richard Thompson - Sweet Warrior
43. Manic Street Preachers - Send Away the Tigers
44. Maps - We Can Create
45. Richard Hawley - Lady's Bridge
46. Von Sudenfed - Tromatic Reflexxions
47. Nick Lowe - At My Age
48. Thurston Moore - Trees Outside the Academy
49. Ry Cooder - My Name Is Buddy
50. Dinosaur Jr. – Beyond
E segundo a Q:
1. Arcade Fire - Neon Bible (assim, sim)
2. White Stripes - Icky Thump
3. Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
4. Radiohead - In Rainbows
5. The Good, The Bad & The Queen - The Good, The Bad & The Queen
6. Bruce Springsteen - Magic
7. Kings of Leon - Because of the Times
8. The Shins - Wincing the Night Away (não percebo porque é que este não está na outra)
9. The Hold Steady - Boys and Girls in America
10. Rufus Wainwright - Release the Stars
11. Modest Mouse - We Were Dead Before the Ship Even Sank
12. Foo Fighters - Echoes, Silence, Patience & Grace
13. Kaiser Chiefs - Yours Truly, Angry Mob
14. Cherry Ghost - Thirst for Romance
15. Interpol - Our Love to Admire
16. Manic Street Preachers - Send Away the Tigers
17. Rilo Kiley - Under the Blacklight
18. LCD Soundsystem - Sound of Silver
19. Björk - Volta
20. The Rumble Strips - Girls and Weather
21. Cold War Kids - Robbers & Cowards
22. The Coral - Roots & Echoes
23. Bright Eyes - Cassadaga
24. PJ Harvey - White Chalk (está depois de Bright Eyes)
25. Spoon - Ga Ga Ga Ga Ga
26. Beirut - The Flying Club Cup (continua depois de Bright Eyes ^^)
27. Ryan Adams - Easy Tiger
28. The Decemberists - The Crane Wife
29. Roìsìn Murphy - Overpowered
30. The National - Boxer (depois de Bright Eyes? Tudo bem que Bright Eyes para mim é o topo dos topos, mas o Boxer é o Boxer.)
31. Soulsavers - It's Not How Far You Fall, It's the Way You Land
32. Klaxons - Myths of the Near Future
33. Neil Young - Chrome Dreams II
34. M.I.A. - Kala
35. Hard-Fi - Once upon a Time in the West
36. Common - Finding Forever
37. Robyn - Robyn
38. Fall Out Boy - Infinity on High
39. Joni Mitchell - Shine
40. Field Music - Tones of Town
41. Keren Ann - Keren Ann
42. The Enemy - We'll Live and Die in These Towns
43. Patrick Watson - Close to Paradise
44. Gogol Bordello - Super Taranta! (áiam a uándarlást kingaa! I sté on dá ráaan *whaaaaaaaaaaaa*)
45. Lucinda Williams - West
46. Sigur Ròs - Hvarf-Heim
47. Kate Nash - Made of Bricks
48. Justice - †
49. Jamie T - Panic Prevention
50. Stereophonics - Pull the Pin
Wednesday, December 5, 2007
Tuesday, December 4, 2007
so imagine what you want...
Não sei como é suposto conseguir continuar e ter força de vontade quando tenho o passado insistentemente a dar-me estaladas na cara todos os dias. Todos os dias não; todos os dias quando estou
lá. Quando não estou, é a angústia de não estar e de estar a levar a minha vida outra vez para o fundo, com pessoas a atirarem-me cordas mas sem saber qual escolher, para onde ir, o que fazer. Mas custa-me mundos estar lá e ver que a vida continua sem mim. Que uma relação que eu idealizei demasiado já não existe por razões que eu não sei quais são, e que uma coisa que eu desejei tanto e que quase tive, de um dia para o outro acabou. Ver como as pessoas mudam, como as coisas mudam, como a vida muda... como todos mudam, mas como eu fico sempre no mesmo sítio, a vê-los mudar. Sei que fico no mesmo sítio porque não faço nada para sair de lá, mas que posso fazer? Custa-me demais. Sinto a nossa falta, daquelas horas de almoço sem fazer rigorosamente nada, mortos de tédio mas sem coragem de assumir isso porque estávamos a fazer companhia um ao outro. Da confiança, do motivo para me levantar todos os dias e pensar que afinal as coisas não eram tão más como sempre as imaginei, que secalhar até podia ser que viesse a ter sorte. Tive-a durante uns meses. Depois, veio esta merda outra vez.
Com este fluxo de pessoas que vieram e que foram, posso dizer com toda a certeza que só uma é que esteve intermitentemente presente durante estes (quase) três anos. E obrigada.
São 2:54 da manhã. Daqui a quatro horas, supostamente, tenho que estar a pé. Mas já sinto aquele dilema entre a parte boa e a parte má e não sei se vou conseguir. Isto é uma coisa curiosa. Vem sempre quando uma pessoa menos espera, pelos motivos mais abusrdos. Talvez porque nunca se foi embora. Esteve sempre lá à espreita de um momento de fragilidade, de vulnerabilidade. E possui-nos de novo por completo, e tudo deixa de fazer sentido outra vez. Gradually, then suddenly.
bottomless.
Neoclássico (H. Sto. Antonio) Romântico (neo-manuelino, palácio do Buçaco)

Neoclássico (La Madeleine, Paris) Romântico (Igreja de Sta Clotilde, Paris)


Neoclássico (British Museum) Romantismo (Houses of Parliament, neo-gótico)


Isto anda tudo na droga.
'If a body meet a body coming through the rye'
a sugestão
"Only Fools and Horses"
Britcom dos anos 80, que deu origem ao "Fura Vidas" cá em Portugal. Os episódios portugueses são cópias escarrapachadas dos ingleses, mas não consigo esquecer o Miguel Guilherme a fazer de Quim. Ou Del Boy, neste caso.Monday, December 3, 2007
Hey Jude
Primeiro porque é com a Evan Rachel Wood, e ela até podia estar a fazer filmes com o Stallone que eu ia ver na mesma. Depois, porque é com a Evan Rachel Wood a cantar (que é lindo de se ouvir; cantou no último episódio do Once and Again e foi mesmo bonito). Terceiro, porque é uma espécie de Moulin Rouge, mas com músicas dos Beatles. E pronto, sendo os musicais o meu guilty pleasure supremo, está feito.
O A Woman of Paris é absolutamente trágico. Um casal que planeia fugir para Paris, mas devido à morte do pai dele, ela parte sozinha sem saber o que realmente se passou. Tempos depois, ela torna-se numa coquette parisiense, frequentadora de salões e alvo das atenções dos solteiros mais ricos. Até que ele aparece. E ela não lhe liga. O ciúme apodera-se dele, e tudo culmina na morte do rapaz. A mãe, para se vingar, tenta matar a rapariga, mas rende-se ao vê-la a chorar debruçada sobre o corpo do filho morto. Tudo acaba bem. Ou seja, a trágica morte do rapaz foi necessária para a moral da história. No filme do TCM isso também acontecia. Dois amigos de infância separados por causa duma mulher enfrentam-se num duelo, enquanto ela corre para os impedir de se matarem um ao outro. Acaba por quebrar o gelo fino sobre o qual corria e cai à àgua. Morre. Segundos depois, os dois amigos apercebem-se que a amizade deles ter chegado àquele ponto por causa duma mulher é absurdo, e tudo acaba em bem.
São histórias moralizantes, que recorrem ao expoente do drama, como já disse, acentuado pela música. Tenho muita vontade de ver mais uns quantos, especialmente o Sunrise do Murnau que dizem que é interessante (embora o Nosferatu tenha sido uma experiência surreal - "devem pensar que isto é o Shrek!").
"A Woman of Paris", Charlie Chaplin
O curioso é que eu nem sou grande fã do Charlot.
hate to say I told you so.
E chá, muito chá.
Sunday, December 2, 2007
if you bury it deep, no one can find a thing, no.
Wednesday, November 28, 2007
o trabalhinho
Ça fait long temps (nota-se, já está meio apagadinho).
And I can't go back to that unproductive state of mind.
Ontem foi uma tarde bem produtivazinha, se virmos as coisas de determinado ponto de vista. Peguei nas minhas tamanquinhas e fui trabalhar - não estava lá ninguém. Como dizem os Conchords, conditions are perfect. Era só eu, o quadro e o iPod. Foi tranquilo, adiantei um bom bocado... consegui acabar mais uma fila de quadrículas e começar outra. Trabalhar na pintura não deixa de ser curioso - e não só naquela, mas em pintura no geral - porque nunca se sabe ao certo o que se vai encontrar por baixo da camada de verniz envelhecido e sujidade. Durante anos tive aquele quadro pendurado por cima do sofá e sempre me habituei a vê-lo como uma pintura em tons outonais, um fim de tarde de Outono no campo, em tons de castanhos e verdes. Comecei a limpar, e descobri um fim de tarde de Primavera, com um céu brutalmente azul e nuvens brancas em vez de amarelas. Os verdes das árvores são muito mais vivos do que aparentavam. Não sei, acho curioso. Não é aquela coisa limitativa de peças isoladas de madeira ou metal ou o que seja que é só aquilo e mais nada. Há todo um processo de "vamos lá ver o que está por baixo disto". Agora a seguir vai ser escultura. Não é coisa que me motive muito. Escultura significa reintegração cromática e preenchimento de lacunas, que são precisamente as duas coisas que mais me exasperam.
Provavelmente a formação em contexto de trabalho vai ser nos Clérigos. Ou nos Clérigos ou em Lordelo, mas, mesmo desmotivadíssima, prefiro os Clérigos. Dá certa pinta dizer "estou a restaurar um retábulo nos Clérigos". A parte não tão bonita é que vou ter que andar a trepar andaimes! Hooray.
Tuesday, November 27, 2007
HO YES!
"It's a fair cop... but I blame society."
Monty Python Live at the Hollywood Bowl, editado agora e está a um preço jeitosinho. Até dá vontade de comprar o oficial e ficar com dois e coiso.
fast forward selecta!
É MI NÁU
Sunday, November 25, 2007
meu querido mascarado *_*
Isto era um mundo absolutamente girlie e eu era uma miúda cuja maior ambição era ter um par de sapatos de verniz. Combinava perfeitamente. Fartava-me de brincar a isto no 4º ano com gente que já não vejo há anos. Não digo a personagem que era porque não tem absolutamente nada a ver. Mas ninguém queria ser a Ami. Era a renegada. Tinha aquela voz super-esquisita de "echpúma de sabâo". Quando não via um episódio era um drama. Tinha as bonecas, tinha os instrumentozinhos todos. Até que me passou e nem cheguei a saber como acabava.
Anos depois foram as private jokes com o Mascarado (não é, Mariana?) e outras coisas bonitas. Até que conheci Kenshin e a minha noção de obsessão tomou outro rumo.
Friday, November 23, 2007
you do it to yourself, you do.
Thursday, November 22, 2007
Led Zeppelin em digressão com os Cult em 2008?
Se isto for verdade, sei que as probabilidades de os ver são mais que mínimas. Mas espero muito que se confirme.
Wednesday, November 21, 2007
one last time before it's time to go again
When we look back at it all,
As I know we will
You and me, wide-eyed
I wonder will we really remember
How it feels to be this alive
And I know we have to go
I realise
We only get to stay so long
We always have to go back to real lives
Where we belong
When we think back to all this
And I’m sure we will
Me and you, here and now
Will we forget the way
It really is
Why it feels like this
And how?
And we always have to go
I realise
We always have to say goodbye
Always have to go back to real lives
But real lives are the reason why
We want to live another life
We want to feel another time
Another time
Another time…
To feel another time…
When we look back at it all
As I know we will
You and me, wide-eyed
I wonder will we really remember
How it feels to be this alive
And I know we have to go
I realise
We always have to turn away
Always have to go back to real lives
But real lives are why we stay
For another dream, another day
For another world, another way
For another way
One last time before it’s over
One last time before the end
One last time before it’s time to go…again
É simplesmente daquelas coisas que... percebo isto tão bem. Mas tão bem. E não pelo motivo mais... pronto. Não interessa.
Tuesday, November 20, 2007
heeeeeee!
Claro que a capa não é esta. Se fosse, fechava-o numa caixa e não lhe mexia. A que arranjei é uma edição nova duma editora que julgo ser recente, mas posso estar em erro. A Bonecos Rebeldes. Este foi o primeiro volume da colecção O Lobo das Estepes, o segundo é um do Rilke que também, mais tarde ou mais cedo, marcha.
E pronto, é isto... começou a época da chuva. Que bom. Hmm?
Monday, November 19, 2007
Sunday, November 18, 2007
Let them all come out
http://incrivelmente-perto.blogspot.com/2007/05/erm-rufus.html
Eu gosto muito deste álbum. Algumas coisas do que disse ainda se mantém, mas no geral, gosto muito, muito mais.
Still bored.
Apanhe o livro mais próximo, vá até à página 18 e escreva a 4ª linha: "última peça de Monsieur Alfredo, "Le Poignard", tragédia"
Sem olhar, que horas são? 20:35.
Depois de olhar? 20:31.
Antes de responder a este questionário, que estavas a fazer? A brincar com as cores disto e a pensar que tenho de comer.
Que barulho ouves para além do computador? Banda-sonora do Pride and Prejudice.
Quando saíste pela última vez? Onde foste? Sair género social ou sair normalmente? Social - já nem me lembro; Normalmente - hoje.
Esta noite sonhaste com alguma coisa? Não me lembro.
Quando soltaste uma boa gargalhada pela última vez? Hmm. Talvez há uns dois dias por causa dos Flight of the Conchords.
O que há nas paredes do local onde te encontras? Nada. Um calendário.
Se ficasses milionária durante a noite, qual seria a primeira coisa que comprarias? Guardava-o para a viagem de emancipãção quando (se) acabar esta porcaria. Depois logo via.
Qual foi o último filme que viste? Mon Oncle.
Viste alguma coisa de estranho hoje? Não.
O que pensas deste questionário? O que penso dos outros todos.
Gostas de dançar? Paaaaaah. Depende de muita coisa.
Qual foi a última coisa que viste na televisão? The Office e Flight of the Conchords.
Qual seria o nome da tua filha se tivesses uma? M.C.
Qual seria o nome do teu filho se tivesses um? Ui, tenho tantos que gosto...
O que estás a usar? Cáussá dji gangá e duas blusas da Zara, a de cima toda pipi com umas frôres de pano.
Olhos: Castanho-escuro.
Cabelo: Castanho-claro, mas agora está uma cor indefinida qualquer. Precisa de um jeitinho.
Altura: 1,61
Ascendência: Espanhola.
Signo: Caranguejo.
Sapatos que está a usar: Nenhuns.
Fraqueza: Recuso-me a responder a tal coisa.
Medo: Aviões, abelhas, baratas, morte.
Frases que mais uso no msn: "hmm"
A melhor parte do corpo: Do meu? Lol. Para aí os olhos.
Pepsi ou Cola? Coca-Cola.
McDonald’s ou Burger King? Méque.
Fuma? Não.
Palavrões? Estou no Porto, não estou?
Perfume? Nenhum.
Canta? Mal, mas adoro.
Toma banho todos os dias? What kind of a stupid question is that?
Gosta da escola? Escola sim, pessoas nem por isso. Só algumas.
Acredita em si mesma? Por um nanosegundo em 24 horas.
Dá-se bem com os seus pais? Séinhe.
Gosta de tempestades? Credo não.
No último mês… só fiz asneira e voltei às origens.
Bebeu álcool? *sniff*
Fumou? Já te disse que não.
Fez compras? Leite, sabonete, água, cereais.
Comeu um pacote inteiro de bolachas? Vários.
Comeu sushi? Ergh.
Chorou? A parte de voltar às origens pressupõe algo.
Fez biscoitos caseiros? Quê, nesta kitchenette super bem fornecida? Sim, sim.
Pintou o cabelo? Não, mas a porcaria da cor oxidou.
Roubou? No, officer.
Nº de filhos: Zerinhos.
Como quer morrer? Não quero.
Piercings? Não. Só nos lóbulos, mas isso não é piercing "piercing".
Tatuagens? Talvez não.
Quantas vezes o seu nome apareceu no jornal? Ui. Tantas.
Do que se arrepende de ter feito? Uma coisa ou duas, aqui e ali.
Cor favorita? Tudo menos verde e amarelo.
Qual a disciplina favorita na Escola? Inglês e História.
Matutina ou nocturna? Metade nocturna e metade matutina.
O que você tem nos bolsos? Cotão.
Em 10 anos imagina-se: No Reino Unido, casada com um belo de um anglo-saxão e com um filho chamado Ryan a correr pelo jardim da casa de campo tradicional inglesa.
You know how I know baby?
Cuz its Wednesday, and Wednesday night is the night that we make love.
Tuesday night is the night that we go and visit your mother, but Wednesday night is the night that we make love.
Cuz everything is just right, conditions are perfect.
There's nothing good on TV, conditions are perfect.
You lean in close and say something sexy like " I might go to bed I've got work in the morning."
I know what you're trying to say baby. You're tryin to say "Ooh yeah, it's business time, it's business time."
Ooh, Next thing you know were in the bathroom brushing our teeth.
That's all part of it.
That's foreplay.
Then you go sort out the recycling, that's not part of it but it's still very important.
Then we're in the bedroom. You're wearing that ugly old baggy t-shirt from that team building exercise you did for your old work, and it's never looked better on you.
Mmmhh, team building exercise not tonight.
Oh you don't know what you're doing to me.
I remove my jeans but trip over them cuz i've still got my shoes on, but then I turn it into a sexy dance.
Next thing you know I'm down to just my socks and you know when I'm down to just my socks what time it is.
It's time for business. It's business time.
You know when I’m down to just my socks its time for business, that’s why they call them business socks
Ooh, makin love, makin love for two, makin love for two minutes.
When its with me you only need two minutes, cuz I’m so intense
Two minutes in heaven is better then one minute in heaven
You say sumthing like “Is that it?”
I know what your trying to say, your trying to say “Ahh ya that’s it
”Then you tell me you want some more
Well I'm not surprised.
But I'm quite sleepy.
Friday, November 16, 2007
"Fotocópias? Mas eu só me estou a bronzeare."
Quero só dizer que é esquisito quando uma pessoa de bem ainda tem mentalidade pita.
Wednesday, November 14, 2007
Alguém me tire isto da cabeça BÁUIEEE
"que rico cheirinho a igreja"
Hmm. Não é por nada, mas achei a parte passada em Jerusalém ligeiramente entediante e um pouco confusa. Ou fui eu que emburrei, ou então não sei. Mas, fora isso, é giríssimo, e fez-me lembrar a óptima peça que esteve ali na Rua das Flores num palacete abandonado, feita pelo ESMAE. E faz-nos ter imagens visuais cómicas, como o pai do Teodorico a cair das escadas abaixo vestido de urso e morrer e esta:
Isto foi um sonho que Teodorico teve, em que aparecia o diabo a falar-lhe de religião, das diferenças antes de depois de Jesus aparecer e etc. Até se encontrarem em Lisboa, no Campo de Santana, e aqui está: "E tendo parado, enquanto ele desenvencilhava os cornos dos ramos de uma das árvores." Imaginar o diabo com os chifres emaranhados numa árvore e a debater-se para se soltar... pronto, é giro.
- o primeiro repórter estava num mercado na China, numa banca que fazia espetadinhas de escorpiões fritos. A melhor parte é que eles fazem tenção de mostrar como aquilo é feito. Então. Os escorpiões eram enfiados no espeto ainda vivos. Ficavam ali a espernear um bocadinho, até o cozinheiro os atirar para dentro duma panela com óleo a ferver. Ainda vivos, claro. E já estava. O repórter ficou a olhar para aquilo com um ar ligeiramente enjoado (compreende-se) mas teve coragem de experimentar. Mastigou, mastigou, engoliu, disse que "bêm é um pouco diferêntxi" e para meu horror comeu o outro.
- a cena muda para uma feira na Bolívia, em que fazem espetadas de coração de boi. Este não me fez muita impressão, porque acho que isso também se come cá e não é choque cultural por aí além. Nem a parte em que mostraram as senhoras a cortar tirinhas de coração me fez impressão. O que, para mim, é bizarro.
- estamos num mercado de comida numa aldeia interior Tailandesa. As minhas pernas tremeram, porque sei por experiência própria que se podem encontrar, no meio da maior quantidade de abelhas em que já se esteve, as coisas mais esquisitas e, consequentemente, horríveis. Baratinhas e gafanhotos vendidos à pá e coisas do género, mas continuando. O senhor parou numa banca que vendia uma espécie de farofa - que, claro, não era farofa. Era uma mistura de farinha, larvinhas pequeninas brancas e, a piéce de resistance, formiguinhas vivas! Tal como o senhor disse "olha aí a forrmiguinhá, consegui apanhár à forrmiguinhá?" Para meu horror, pega numa mão-cheia e mete-a à boca. Começa a degustar (se tal palavra se pode aplicar a este caso) e diz: "Bem, é uma misstura dji fárinha com maiss quauquérr coisá... oi, agora veio um sabor azedo". Era a forrmiguinhá. Depois, seguiu para a banca do fantástico. Larvas de bicho-da-seda fritas - que eram um bocadinho borrachudas - e larvas de bambu, também fritinhas. Ora, estas eu já conhecia. Já vi muito boas pessoas a comer aquilo como se fossem coiratos até a guia dizer que era "minhocá d'arvéri". Portanto não me admirei quando o repórter começou a comer aquilo como se não houvesse amanhã, a dizer que aquilo era bem melhor que os outros e que caía bem com uma "cerrvejinhá".
- o passo seguinte foi uma senhora que cria jacarés só para os fritar, mas não aguentei.
Admiro a coragem destas pessoas, e não quero nem pensar qual é a sensação de ter formigas vivas a correr na minha língua e no céu da boca a tentar fugir. Não quero.
Tuesday, November 13, 2007
Release the stars
A vontade de ir era pouca, mas o dinheiro que tinha gasto meses antes pesava-me na consciência e, afinal, era o Rufus, que tanta companhia me fez no meu primeiro ano do Porto e com quem ando no porta-chaves. Não fazia sentido não ir, por mais birra que tenha feito com o último álbum. A ida esteve tremida por causa de factores que nem eu pude controlar, mas consegui chegar a tempo e, agora posso dizê-lo, felizmente.
Depois da habitual necessidade feita e de um agradável reencontro, entrei, uns quinze minutos antes - coisa que tenho vindo a gostar de fazer (quando não é em demasia, género uma hora antes de Scissor Sisters) para estar sentada a observar as pessoas e a tirar as minhas próprias conclusões. Hábito mau, mas vem-me de pequenina. Cheguei ao meu lugar para ver lá um senhor confortavelmente sentado, com o qual não quis armar confusão, mas a coisa acabou por se resolver e lá me sentei. Fui vendo gente conhecida a chegar, e coisas que não interessam para nada.
O concerto começou de repente, uns minutinhos mais cedo do que o previsto e tudo. As luzes apagam, uma luz azulada invade o palco, desce um pano com uma versão da bandeira dos Estados Unidos (com aplicações de dourados e borboletas e coisas pouf na zona onde costumam estar as estrelas) e entra a banda. Calças justas às riscas, também com as tais aplicações com brilhantes em forma de borboleta e afins - assim um aspecto geral muito glam que me deixou logo de olhinhos a brilhar. E entra ele. Muito aplauso, ele a fazer-se de humilde, com o seu fato às riscas vermelhas e brancas género toldo de praia, com borboletas brilhantes e um colar que fazia inveja à Nicole Kidman no Moulin Rouge. Aquilo faíscava. Começa a Release The Stars, homónima do último álbum. Fiquei estupefacta com o quanto adorei a música ao vivo. Tem um som bastante amplo, e parece que, a esse nível, a têm vindo a explorar muito melhor do que a versão que está no álbum, que, agora quando a ouço, embora goste muito mais, parece-me poucochinha e muito tímida comparando com o que vi. De seguida vem o single, Going to a Town que, para além de ser lindíssima, serviu para me provar que aquelas pessoas não estavam ali para deixar aquilo entranhar-se-lhes. Estavam ali para estar sentadas e ver. Ninguém se mexia, ninguém trauteava, ninguém cantava. Que pudesse ver, só eu e uma senhora que estava na minha fila é que estavam a ver aquilo com outros olhos.
Como é hábito, perdi a conta das músicas que se seguiram, mas a setlist está escarrapachada no site da Blitz... também já passou algum tempo. Fez-nos a surpresa da The Art Teacher, a Beautiful Child foi maravilhosa e ia-me dando uma coisa quando começou a Poses, que era a última coisa que estava à espera - quer dizer, não era, isso era a Go or Go Ahead, mas adiante. Ah, cantou a Over The Rainbow, que me fez chegar a lagriminha ao canto do olho.
O Rufus provou ser um entertainer de primeira. Foram três horas de concerto que passaram a voar graças à maravilha que são as suas canções ao vivo e a sua própria presença em palco. Ao invés de ser um convencido arrogante, como ultimamente o tenho imaginado, provou continuar a ser aquele que estava habituada a ver antes do hype do Release the Stars. Extremamente comunicativo, com um sentido de humor apuradíssimo e completamente à vontade. Conseguiu criar um ambiente familiar, em que se cantaram os parabéns ao baterista, com direito a bolo e velas, e do qual até fez parte a mãe, Kate McGarrigle.
Quanto aos pontos altos, fora aqueles que referi, foram a Macushla e o final. A Macushla é uma canção tradicional irlandesa que ele cantou sem microfone, porque "de certeza que nesta sala, sendo tão antiga, se costumava cantar sem microfones e é isso que vou fazer, espero que lá atrás me consigam ouvir". E ouviram e foi uma coisa do outro mundo. O final... o final foi uma festa. Mas deixo aqui um vídeo dum final igual, não o de Lisboa. Vale mais do que uma descrição insonssa.
A música é a Get Happy! da Judy Garland.
Je revieeeens!
A descoberta:
As letras mais estapafúrdias, os vídeos mais ridículos. Tão cómico, tão genial. Não vou pôr aqui vídeos, mas para quem quiser, que vá ao YouTube e veja o Robots, Business Time, I'm Not Crying.
A intensificação:
Acho que só haver um adolescente chamado George Michael fala por si. E nunca lhe chamam George. Ou Michael. É sempre:
- GEORGE MICHAEL!
Tuesday, November 6, 2007
I have crossed oceans of time...
Adoro isto. Depois de ter perdido dois DVDs, vamos ver se é com este que fico. Edição especial com extrazinhos e tudo.
E não, não sei as falas quase todas de cor. Que é lá isso.
bummer.
Pois bem.
Não perdi. E sonhei com elas.
Sunday, November 4, 2007
Dois dias (e ainda não há aquele nervosinho)
Ler isto até ao fim foi um sacrifício, mas estou a seguir exemplos e ando a tentar pôr de lado a mania de deixar livros a meio quando não me interessam e ir até ao fim. Já há um tempo que leio Anne Perry - não é nada de erudito, bem pelo contrário, é o banal livro policial passado na Londres vitoriana (daí ainda não ter desistido de os ler). Gostei bastante de um ou dois, especialmente do Estrangulador de Cater Street, mas ultimamente tenho vindo a notar que ou é ela que escreve sempre do mesmo modo e se repete de livro para livro, ou é a tradução que é má (este livro vinha com erros de grafismo surpreendentes). Ou seja, o Pecados do Lobo é demasiado grande para a história que tem; torna-se chato com a quantidade de interrogações e repetição de coisas que aconteceram nos capítulos anteriores e a própria descrição dos personagens, o tal contexto histórico tornou-se estereotipado. Ganha pontos apenas por ser o género que é. Uma pessoa quer sempre saber quem é o assassino.
Tuesday, October 30, 2007
London ice can freeze your toes pt. II
Ia dizer Russell Square, mas podia estar a dizer uma grande asneira.
Idem.
^^
Keats' House
Sítio onde não me importava de viver
Sítio onde não me importava de viver II (Burgh House, Hampstead Heath)
Saudades.