Tuesday, January 22, 2008

<3



Senhoras e senhores, estamos perante um filme que roça a perfeição. Na minha humilde opinião, claro está - isto para evitar ser apunhalada pela facção pseudo-intelectual que grita "blockbuster" à mínima coisinha. É uma história sobre como a inocência pode levar à cegueira e à estupidez, como pode ser eternamente responsável pelos destinos de duas vidas que deviam ter sido vividas juntas. Vistas bem as coisas, a história é relativamente simples: uma família abastada, uma rapariga demasiado imaginativa com um fraco pelo rapaz que está apaixonado pela irmã mais velha, uma oportunidade de se vingar, um erro que dura uma vida inteira. Mas é o modo como está feito, a intensidade das representações, o imenso poder das imagens e da própria música (o juntarem sons de máquina de escrever à música fica simplesmente genial), tudo se une e comunica com quem vê de uma maneira que mexe com os sentidos. A sequência na praia está de cortar a respiração, todo o esmagamento emocional que aquilo transmite, o prenúncio de um fim trágico e próximo que por momentos somos levados a acreditar que não se vai concretizar. É um filme lindíssimo, com imagens poderosíssimas e muito simbólicas nalguns casos. É uma história sobre... sobre culpa, de um certo ponto de vista, sobre o tentar retribuir aquilo que se tirou através da ficção, quando a realidade já não o permite. É, sobretudo, humano.
Sim, vieram-me as lágrimas aos olhos em várias cenas do filme por causa de pormenores mínimos, mas no fim o nó na garganta tornou-se tão apertado que foi impossível conter mais. Chorei, chorei bem e volto a chorar.

3 comments:

tiago said...

ste é o que em pt se chama "espiação"? lol por acaso estou curioso, tem mtas nomeações.

lyra belacqua said...

Expiação, é sim senhor. Vê :P

Diana said...

a sério? eu vi o treila e n me puxou nada...