Tuesday, October 30, 2007

Gradually, then suddenly

Penso que esta foi a wake-up call que estava a precisar. Não é pensar que seja; é ter uma necessidade enorme de que tenha sido. Não fazia isto há dois anos. O acordar de manhã e pensar: "Bem, só dormi duas horas e não estudei, portanto não vale a pena" e virar-me para o lado. Depois de três meses de férias a dizer que a minha prioridade, acima de tudo, eram as notas, isto não faz qualquer sentido. As coisas têm que mudar. Sempre soube que o principal problema no meio desta história toda não eram os outros, era eu. Sei que isto é só mais uma fase. Mas que fique aqui escrito que a partir de amanhã isto vai mudar. Nem que não durma e que tenha que ir para lá quase a arrastar-me, que não trabalhe, que não tire notas, que não faça absolutamente nada e que só me apeteça chaciná-los - ao menos vou.

Vou aproveitar este dia que, aparentemente, tirei para mim para ver se faço um trabalho que compense a falta de hoje. Não que vá contar o mesmo para avaliação, que era injusto para os outros, mas que atenue um bocado os efeitos colaterais da coisa. Vou ver o Half Nelson e comprar aquelas bolachas do Minipreço. E ver se acabo o livro péssimo que estou a ler.

Desengradar o quadro não foi tão mau quanto isso. Com jeitinho, conseguiu-se. A tela está extremamente frágil, a desfiar nos cantos. Não sei muito bem como vou resolver esse problema, mas já me deram umas ideias. Há umas fitas de algodão que dão para cobrir aquela parte da tela, que como fica tapada pela moldura não faz grande mal se destoar. Amanhã vai ser limpar superficialmente antes de começar a tratar das coisas que faltam. Descobriram-se lacunas pequeníssimas, o que é extremamente chato porque se há coisa que não gosto de fazer é reintegração cromática. Razão número um porque prefiro trabalhar com madeira e metal. Mas não há-de ser nada. O quadro podia estar em pior estado, de todos é o que está melhor, e estou bastante curiosa para ver o resultado final. Como aquilo é sem aquela camada amarelosa de verniz envelhecido e de camadas de Pronto.

E foi mais um post pessoal. Isto sou eu deitada, com o portátil em cima da barriga, a ouvir uma série muito náinetis na RTP Memória com a Rita Blanco, a pensar para mim e a escrever o que penso. Vou arranjar uma tigelinha de cereais, dar uma arrumadela à esterqueira que isto está e arranjar coragem para sair do quarto.

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