Friday, June 1, 2007

No Stars

I saw the devil in a dream.
He wore a three-piece suit and was smiling.
He promised every living thing to me.
And when the land was all despair.
He made water spring from everywhere.
Until the black hills turned back to green.

And then heat was tipping and smoke was spilling
They poured out into the street.
And I was frightened by my fearlessness to be engulfed by everything.

And what I knew was left behind.
There were no stars, or a wish, to find.
And there was nothing in my clenching fist
And I just can't wait for tomorrow
Cause I will let go-
Just ask me.
Maria Taylor, "No Stars".

Cada vez que ouço o Lynn Teeter Flower, mais gosto. Não tanto pelas letras, que são boas mas não são aquela coisa que nos prende logo, logo (embora a Lost Time me tenha ficado logo na primeira vez que ouvi); aliás, não é por nada em particular. É pelo todo. E sobretudo pela voz dela, que já tinha ouvido várias vezes com Bright Eyes, mas que nunca me tinha apercebido de quão bonita conseguia ser. Lame! Tenho que arranjar o 11:11. Aliás, o Boxer de The National também tem feito parte dos meus dias; ou seja, os dois que pus de seguida no outro dia tem estado em repeat constantemente. Talvez por ser tão calmo, tão fantástico e simples ao mesmo tempo, no caso de National aliados a alguma carga emocional e àquela voz quente, quente. Combina perfeitamente com o meu estado de saturação e desejo de atingir um estado zen em que já nada me atinja. Não confundir com apatia. Penso que nos tornarmos apáticos não resolve nada; é melhor para nós, mas em termos de relações sociais e tudo o que obrigatoriamente, e por vezes, infelizmente, tem que fazer parte dos nossos dias só estraga. Só quero deixar de estar cansada, de me doer a cabeça de manhã à noite e de ter tonturas fortíssimas que me fazem deitar às 21h. Um bocadinho de paz de espírito e, sobretudo, de bom ambiente. Leve. E vou fazer por isso, custe o que ainda custar.

Ando com umas filosofias de vida dignas de folhetins, daqueles lamechas que davam na rádio ou vinham nos jornais. Deve ter sido por me ter posto a ler tópicos antigos, de 2005, quando tinha 19 anos e me achava superior, indiferente e badass quando na verdade até era bem tolinha. O que me pôs a pensar no tempo. E que em menos de dois anos me tornei numa pessoa completamente diferente. Não sei se bom, se mau, mas bem, o Porto fez-me bem nesse sentido. O próximo passo é deixar de gastar dinheiro a rodos em coisas necessárias mas que me fazem mal às finanças. Bilhetes de comboio. Almoços. Comida. Casa. Instituto. Comida. Bilhetes de comboio. Que agora aumentaram para 27,50. Doçura de CP. Quero ver como vou ficar depois do Alive, mas que se dane, também estas coisas acontecem para serem aproveitadas. Ao menos não morro estúpida.

No comments: