Wednesday, April 9, 2008

vamos melhorar a circulação pedestre da nossa cidade

Em dias de chuva torna-se absolutamente óbvio que existe uma falta de coordenação ou, talvez, de consciência social relativamente a como se deve andar na rua, sem incomodar o próximo com o guarda-chuva oferecido pela TMN. Os passeios são estreitos demais para albergar dois sentidos de fluxos de gente a andar de um lado para o outro com guarda-chuvas desproporcionais ao seu tamanho. E o que acontece, quando o peão desprevenido vê uma senhora executiva a caminhar na sua direcção com um guarda-chuva Burberry mais largo que o próprio passeio? O peão não sabe o que fazer: não sabe se a melhor hipótese é andar pela estrada, mas o guarda-chuva interfere com o campo de visibilidade; não sabe se se deve baixar para o outro guarda-chuva passar por cima; não sabe se deve inclinar o guarda-chuva uns bons 60º para a esquerda. Claro que qualquer destas hipóteses, excepto a de caminhar pela estrada, pede colaboração do outro peão. Que raramente acontece. Acontecem então choques. Guarda-chuvas a bater em cabeças e vice-versa. Portanto, ficam aqui umas sugestões:
1. Alarguem os passeios, por amor de Deus nosso senhor;
2. Tirem os postes de sinalização do meio do caminho, porque é extremamente irritante uma pessoa já se estar a espremer para caber entre uma pessoa com guarda-chuva e a parede, ainda para mais ter de ter cuidado em não bater no poste de Stop;
3. Arranjem uma política de proporção entre o tamanho do guarda-chuva e o portador. Por exemplo. Todo o diâmetro do guarda-chuva ser proporcional à medida que vai do ombro esquerdo ao direito do portador. Assim não há excessos.
4. Proibir campanhas da TMN, Vodafone, Optimus, Continente que ofereçam guarda-chuvas familiares, porque é muito raro um servir para albergar uma família porque, outra vez, é muito raro um pai ou mãe ter a coordenação necessária para aguentar dois filhos e um marido/mulher debaixo do dito.
5. Dar formação aos peões: quando se encontrar numa rua estreita, deixe passar.
6. Lançar um decreto que determine que, em dias de chuva, o passeio da direita serve para os que sobem e o passeio da esquerda para os que descem. Assim, não há problemas, porque vamos todos para o mesmo sítio.
Posto isto, deixo aqui bem assente que odeio chuva e andar de guarda-chuva na rua e de calças de ganga que ficam todas molhadas em baixo e chegar a casa com os pés gelados porque não tenho botas decentes, só umas ranhosas que uso desde os 16 anos mas que ao menos não ensopam e não ter gabardine nem um impermeávelzinho que geralmente nunca me faz falta, mas nestas alturas realmente parece que até faz alguma.

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