Sunday, April 6, 2008

mesmo que não corte fundo, apanha tétano



A ideia base é um disparate pegado: uma família que gere uma loja onde se vendem artefactos para as pessoas se suicidarem, num futuro distante. Ora, se formos realistas, uma pessoa não precisa de ir muito longe para encontrar lâminas, cordas ou pistolas. Mas pronto, é a ideia que o senhor teve, é a ideia a que nos temos que agarrar. A família caracteriza-se pelo carácter geral de depressão: um filho anoréctico com enxaquecas fortíssimas, uma filha com problemas de auto-estima e uns pais que encorajam esses sentimentos. Até o filho mais novo nascer e demonstrar um imenso amor à vida. Moral da história? Aprender a dar valor à vida. Lame, não? Seria-o, se o livro, apesar da ideia banal e com arestas por limar não conseguisse prender a atenção e ter laivos engraçados de humor negro. Portanto, não é uma obra de arte, não é mórbido, mas consegue entreter durante uma tarde. E serviu para descobrir que gosto muito dos nomes Vincent e Marilyn. Ou seja, tenho mesmo que ter filhos no estrangeiro.

1 comment:

Skizo said...

Li partes da tradução para português que foi editada há pouco tempo.

Usando uma expressão por ti utilizada num outro post, "não me aqueceu nem arrefeceu". Podia ter sido muito melhor explorado. Ainda assim deixou algo de Six Feet Under no ar.