"Cake or death?"
"I'm feeling rough, I'm feeling raw, I'm in the prime of my life."
"Cake or death?"
Este é daqueles filmes que se têm que ver mais de uma vez para reparar em certos detalhes. O mérito é todo do livro do Douglas Adams (que ainda hei-de ler), mas está genial. O robô maníaco-depressivo, a faca-sabre-de-luz que corta pão e torra-o ao mesmo tempo e as mudanças de forma da nave quando se prime o botão da imprevisibilidade. E aquele espremedor de limões para ajudar o [inserir nome que não me lembro] a pensar! Depois a música é do Joby Talbot, responsável pelos arranjos de grande parte dos trabalhos de The Divine Comedy - portanto, é boa. E o Neil Hannon canta o tema principal. Não é preciso dizer mais nada.
Por mais que goste daqueles 20 minutinhos diários de Friends na 2:, a coisa chegou a um ponto em que não me apetece esperar para ver um episódio por dia. Especialmente agora que o Chandler e a Monica já se resolveram a praticar coisas bonitas às escondidas dos outros. Portanto, os dez primeiros episódios já cá cantam:
Ouvir o original ainda dá mais mérito ao Rufinhos por ter conseguido fazer o que fez e, sobretudo, como fez. A Judy Garland é simplesmente fenomenal. Costumava pensar que a Ella Fitzgerald é que era, mas depois de ouvir isto... a Judy canta com uma paixão, uma emoção que arrepia. E para quem conhece a história dela, há músicas que ganham outro significado e parece incrível como ela não se desmancha a chorar a cantá-las. Amen.
Acho que isto é capa de single, mas não tenho a certeza. O primeiro CD desta senhora é muito... querido? É um adjectivo estúpido para classificar um álbum, mas a voz dela é muito dócil, as músicas são muito suavezinhas com lampejos de melancolia aqui e ali mas nada de auto-destrutivo, e o conjunto é uma coisa que aquece e conforta. É querido, pronto. Fiquei com curiosidade de ouvir o trabalho dela depois de a ver cantar uma versão arrepiante da Stormy Weather, no DVD novo do Rufinhos. Recomendo. Vai um pouco na mesma linha que a Maria Taylor no Lynn Teeter Flower, mas acho que prefiro esta. A coroa de glória da Maria Taylor é o 11:11. E ter-me tirado o homem da minha vida. Não deixa de ser interessante o facto da Bloody Motherfucking Asshole ser dirigida ao pai (Loudon Wainwright III). Já o Rufinhos com a Dinner At Eight se revoltou um bocado.
Bowie's in space. Gravado dia 3 de Julho de 1973, David Bowie em plena fase Ziggy Stardust. Não é preciso dizer mais. Quer dizer, é: a primeira cena do DVD, quando ele ainda está nos bastidores a tratar da maquilhagem e do cabelo... é muito, muito parecida com aquela primeira cena do Brian Slade, quando a Mandy lhe está a pintar o cabelo de azul e ele lhe grita para desligar a televisão.
Comprei a Q. Nesta altura do ano gosto sempre de comprar uma revistinha sim-senhor por causa das reviews dos álbuns que marcaram o ano, e esta tinha o acrescento duma entrevista exclusiva com o Jimmy Page e com o John Paul Jones. Acho que pôr o Neon Bible no topo da lista dos melhores álbuns do ano é ligeiramente exagerado. Não vou começar com comparações relativamente ao Funeral. O Neon Bible, por si só, é um álbum muito bom, que comunica comigo a imensos níveis e volto a repetir que o concerto deles no SBSR este ano foi das melhores experiências com bandas ao vivo que tive. Foi vibrar até à ponta dos cabelos. Mas penso que este ano se conseguiram feitos melhores que o Neon Bible. O Boxer the The National, o Wincing The Night Away de The Shins (embora também não o colocasse em primeiro). Mas escolhas são escolhas. Graças a isto, vou sacar coisinhas novas que não conheço para experimentar. E também coisas não tão desconhecidas como a dona Amy Winehouse (don't ask, mas falam tão bem que coiso) e o tal deste ano de LCD Soundsystem que não, ainda não ouvi.
Fica o vídeo da Keep The Car Running com o senhor Born in the uésséa:
E já que se está no tópico das futilidades, fica aqui a lista que a Empire fez (num momento em que não deviam ter mais nada que fazer) das 100 Sexiest Movie Stars: http://www.empireonline.com/100sexiest/default.asp?star=3. Não concordo lá muito com o Daniel Craig em 3º. O senhor é jeitosinho, mas há melhor. Começando pelo Hugh Jackman que é aquele espasmo aqui no peito.
Este DVD (que não é esta a capa, mas não interessa) é fabuloso. E todos os sinónimos de fabuloso, lindo e magnífico. Uma Over the Rainbow de ir às lágrimas. E aquela voz, aquela presença, a orquestra, tudo. Grande Rufus. Grande Judy.
lá. Quando não estou, é a angústia de não estar e de estar a levar a minha vida outra vez para o fundo, com pessoas a atirarem-me cordas mas sem saber qual escolher, para onde ir, o que fazer. Mas custa-me mundos estar lá e ver que a vida continua sem mim. Que uma relação que eu idealizei demasiado já não existe por razões que eu não sei quais são, e que uma coisa que eu desejei tanto e que quase tive, de um dia para o outro acabou. Ver como as pessoas mudam, como as coisas mudam, como a vida muda... como todos mudam, mas como eu fico sempre no mesmo sítio, a vê-los mudar. Sei que fico no mesmo sítio porque não faço nada para sair de lá, mas que posso fazer? Custa-me demais. Sinto a nossa falta, daquelas horas de almoço sem fazer rigorosamente nada, mortos de tédio mas sem coragem de assumir isso porque estávamos a fazer companhia um ao outro. Da confiança, do motivo para me levantar todos os dias e pensar que afinal as coisas não eram tão más como sempre as imaginei, que secalhar até podia ser que viesse a ter sorte. Tive-a durante uns meses. Depois, veio esta merda outra vez.
Com este fluxo de pessoas que vieram e que foram, posso dizer com toda a certeza que só uma é que esteve intermitentemente presente durante estes (quase) três anos. E obrigada.
São 2:54 da manhã. Daqui a quatro horas, supostamente, tenho que estar a pé. Mas já sinto aquele dilema entre a parte boa e a parte má e não sei se vou conseguir. Isto é uma coisa curiosa. Vem sempre quando uma pessoa menos espera, pelos motivos mais abusrdos. Talvez porque nunca se foi embora. Esteve sempre lá à espreita de um momento de fragilidade, de vulnerabilidade. E possui-nos de novo por completo, e tudo deixa de fazer sentido outra vez. Gradually, then suddenly.
"Only Fools and Horses"
Britcom dos anos 80, que deu origem ao "Fura Vidas" cá em Portugal. Os episódios portugueses são cópias escarrapachadas dos ingleses, mas não consigo esquecer o Miguel Guilherme a fazer de Quim. Ou Del Boy, neste caso.
Primeiro porque é com a Evan Rachel Wood, e ela até podia estar a fazer filmes com o Stallone que eu ia ver na mesma. Depois, porque é com a Evan Rachel Wood a cantar (que é lindo de se ouvir; cantou no último episódio do Once and Again e foi mesmo bonito). Terceiro, porque é uma espécie de Moulin Rouge, mas com músicas dos Beatles. E pronto, sendo os musicais o meu guilty pleasure supremo, está feito.
"A Woman of Paris", Charlie Chaplin
O curioso é que eu nem sou grande fã do Charlot.