Tuesday, April 24, 2007

Only word that I can say...

Embora isto não vá ter muitas pessoas a ler - tanto por opção como, bem, pela voz da experiência - quero desde já frisar que a nível pessoal isto vai ter muito pouco ou nada. Claro que de vez em quando algo há-de vir ao de cima, mas sempre associado com outras coisas. Sim, este vai ser um blog de coisas. Precisava mesmo de acabar de vez com os três enfadonhos anos do Windmills e começar qualquer coisa nova sem aquele estigma de três anos péssimos. Não que as coisas vão melhorar por causa disso, mas... é como se diz. Tem que se começar por algum lado. Portanto, este vai ser o primeiro, e espero eu o último durante uns tempos, post pessoal.

Hoje tive um dia como não tinha há muito, e o mais ridículo é que começou por uma coisinha de nada. Aliás, começa tudo por uma coisinha de nada, parece. Parece que bastou ter uma percepção geral, um reflexo mínimo, insignificante, para qualquer coisa de muito maior desmoronar, romper, o sinónimo que fique melhor. O que me vale é que depois destes anos todos já tenho a casca grossa, já me vou sabendo adaptar a este tipo de coisa, já sei o que me convém e o que não convém. O problema é que isso é tudo em teoria. Tudo bem, tenho que me sentir bem comigo mesma. Também há aquela frase bonita de sermos incapazes de amar quando não nos amamos a nós próprios - embora eu isso, sinceramente, acho treta. Até acho que quando nos detestamos até à ponta do pêlo mais insignificante temos mais facilidade de nos prendermos à mínima pessoa que nos ofereça uma mão e segurança e estabilidade. Mas simplesmente, não consigo. Não sei porquê, mas não consigo. Parece que por mais que tente, por mais que mude, por mais coisas que tente fazer para tentar abafar isto, está sempre qualquer coisa cá presente. Um aperto muito ténue, uma dor muito ínfima ou um aperto na garganta que tentamos disfarçar com risos forçados. Que à mínima coisa - um reflexo, como disse - dão de si.

E não é por culpa de ninguém. É de mim. Sou assim há tempo de mais para conseguir mudar. Por mais que mude e por mais estável que esteja, esta parte de mim há-de estar sempre á espreita, à espera de uma oportunidade de entrar outra vez de rompante na minha vida e me deixar vazia, sem nada, sem esperança, cheia de uma humilhação sem motivo e de um imenso desprezo e indiferença por quase tudo o que está à minha volta. E detesto isso. Mas foi só hoje. Já gastei tudo o que tinha para gastar e amanhã vai ser melhor. E depois. E depois e aquela sucessão de dias monótonos.

Enfim, chega. No livro que estou a ler diz-se qualquer coisa como a vida ser uma tragédia mas tragédia maior é termos apenas esta. E é mesmo assim. Tomamos a longevidade por garantida sem podermos. Portanto, vá. O que for, tem de ser. E hei-de cá estar para isso. Com vestígios do que fui e do que sou por todo o lado, mas estou. Sinto, respiro.

Fim do único post pessoal. Podia ter feito daqueles posts inaugurais completamente estúpidos género "blog novo hihiihihihihihi", mas não, eu vou pelo lado mais deprimente de tudo. Embora o post experimental fosse só "manamana tututururu".

1 comment:

Hobbes IV said...

Essa ultima parte do tururu é q deu vida a isto :p jk... anyway, cá vou estar pa ler td o que escreveres (*cof* plomenosdoblog*cof*) e para te apoiar e chatear '_' <--- cara séria. Para já não comento mt isto pq ainda agora falamos no meséne. E ainda por cima tás aí e não vais lá ver o filme! Isto nem sei pa q raio tou aqui a falar >.> mas olha... keep on! (ao invés do Johnny Storm "Flame On!")